Homens ou Objetos??

Muitas vezes nos deparamos com situações em nossas relações amorosas onde não há a certeza de um sentimento maior por trás dela. Acabei de crer que não posso chamar de “relação amorosa”, então chamarei de relação sexual. Mudo então minha introdução – Muitas vezes nos deparamos com situações em nossas relações sexuais onde não há a certeza de um sentimento maior por trás dela. Isso está correto.
Convenhamos que quando se conhece uma pessoa diferente, você não espera que através do físico seja possível conhecer o interior da pessoa. Existem muitas belas “cascas” sem nenhum conteúdo, como também existe o contrário, e até mesmo uma bela casca com um conteúdo interessante.
Quando falo homem, não quer dizer que eu esteja falando do sexo masculino, mas sim de ambos os sexos considerados como “pensadores”. Nessa minha reflexão, quero colocar em xeque duas situações: Quando o homem é homem e quando o homem é objeto. Há diferenças entre essas duas colocações. Espero que ao longo deste texto eu consiga esclarecer as diferenças existentes entre esses dois tipos de relações sexuais, quais são seus prós e quais são seus contras.
Vou dar um exemplo meu, geralmente quando eu encontro uma cara legal, procuro ao máximo não me envolver emocionalmente, e de tanto fazer isso, acabo por transformar o meu parceiro em um “objeto”, digo isso pelo fato de que apenas uma coisa a ele eu requisito – SEXO. Pode ser estranho isso, mas hoje existem muitos relacionamentos que a base dele é o sexo. Não é o amor que sentem um pelo outro, mas sim aquilo que acontece entre quatro paredes.
Uma outra consideração, porque os homens traem? Porque não estão satisfeitos no relacionamento, e muitas vezes essa insatisfação está relacionada diretamente com a forma em que ele se relaciona com o (a) seu (a) parceiro (a). Já ouvi de um ex-namorado que se a gente tivesse transado, que nosso relacionamento teria durado. Tipo, porque não serve o que sentíamos um pelo outro? Será que a relação sexual é assim tão importante?
O sexo é considerado um passo maior dentro de uma relação, apenas para as mulheres e alguns “machos”. Para o restante dos “machos”, o sexo não passa de um complemento de uma conseqüência em uma relação, e às vezes se torna essencial. Daí a frase: “Quem não dá assistência, abre a concorrência”. E querendo ou não, quando aparece um “macho” com uma aliança no dedo chama mais a atenção do que um cara que apareça solteiro em uma festa. Quando digo solteiro é solteiro, e não sozinho.
É muito fácil você transformar uma pessoa em um objeto, principalmente quando se trata de uma relação extraconjugal. Para o “macho” é bem mais fácil enxergar na mulher um objeto, um objeto que sacia suas vontades sexuais. Desejos que não são saciados em sua relação. Quando se chega ao ponto de se procurar um objeto que sacie seus desejos, quer dizer que alguma coisa não está normal na relação. Porque pense comigo: “Se tudo está bem, porque é necessário uma terceira pessoa na história?”. Coisas às vezes inexplicáveis.
Pois bem, quando você transforma o homem em um objeto, você acaba por ganhar alguns pontos, desde que faça isso com a cabeça apenas, a) você consegue segura-lo por mais tempo; b) você se torna uma pessoa intrigante; c) você aprende a deixar de dizer certas coisas que arruinariam uma relação; d) você diz coisas que acabariam com uma relação, mas ao invés disso, o que existe se torna mais forte; e) você tem a liberdade de aproveitar sua vida, de sair e conhecer outras pessoas, sem ter a consciência pesada; f) o objeto não tem necessariamente que ser uma (o) amante, pode ser uma pessoa qualquer, alguém que você conheceu, se interessou sexualmente, apenas isso; g) aproveita o máximo que pode em todos os sentidos; h) o sexo é meramente casual, o que o torna mais gostoso quando acontece; i) você não se cansa de ter relações com o objeto; j) você pode ter quantos objetos quiser.
Citei 10 pontos, que para mim são positivos em se ter um objeto, e não um homem.
Não sei quantos contras eu listarei, mas vamos lá: a) o objeto também pode te fazer de objeto; b) você pode perder o controle da situação e ver o objeto como homem, e isso não ser recíproco; c) a relação pode acabar a qualquer momento, sem haver cobranças ou brigas, a final, nada do que rolava era sério; d) o objeto pode simplesmente sumir, e só aparecer quando julgar necessário; e) o objeto pode faze-lo de idiota; f) o objeto pode provoca-lo; g) o objeto pode ser tão idiota a ponto de dizer a todos os que rola entre vocês, sem ter peso na consciência; h) o objeto pode faze-lo apaixonar-se e sair fora; i) o objeto pode falhar com você muitas vezes e não dar justificativa; j) o objeto nem sempre se deixa ser mandado, ou se acha na obrigação de dar explicações; l) o objeto, geralmente, tem mais liberdade do que você; m) o objeto pode ser objeto pra você, mas homem para outro.
É, acabei de crer que os contras são bem mais do que os prós, mas eu ainda prefiro um objeto. Lembrei-me do 11º pró de se ter um objeto, você não sofre por um objeto, mas por um homem sim. Acho que essa é a chave pra grande diferença entre homem e objeto.
Os homens eles sempre fazem os outros sofrerem em algum momento da relação, os objetos não o fazem, pois são apenas objetos, e objetos podem ser substituídos com maior facilidade do que os homens.
Creio que nessa atualidade, existam muitos objetos, alguns homens, e muitas esperanças. Muitas pessoas hoje, acreditam que um caso pode se transformar em relacionamento verdadeiro. Muitos objetos acreditam que um dia passarão a ser homens, e alguns temem se transformar em homens. A responsabilidade de um homem é bem maior do que as responsabilidades de um objeto. O objeto tem apenas que comparecer, já o homem tem que comparecer e ser de fato macho ou mulher. Tem simplesmente que ter toda e qualquer responsabilidade que a ele for designada.
Quando eu digo que eu prefiro continuar a ter objetos, estou sendo clara na questão em que apontei como 11º pró de se ter um objeto. O homem não merece que sofram assim por ele. Então eu não sofrerei. Confesso que desejei que um objeto passasse a ser um homem, mas não lutei para que isso acontecesse. Pode ser que ainda aconteça, a final não há tarde demais. E ninguém morre por derramar algumas lágrimas, mas desde que seja no momento certo. Nem precoce nem além do tempo marcado.
Homem ou Objeto? Qual será o melhor para se ter ao lado? Na hora da dúvida o que prevalece são as expectativas que se criam em torno daquela pessoa que está ao seu lado. Não são os prós ou os contras que mudaram a forma de pensar e de agir, mas sim as expectativas. Fiz parecer que todo esse texto foi em vão, mas não. Nada é em vão. Tenho certeza que servirá de reflexão para muitas pessoas, para muitas decisões que serão tomadas daqui pra frente. Basta ter Expectativa. Só isso.

Comentários

Postagens mais visitadas