A história de uma amizade

Hoje  eu acordei cedo. E pra ser sincera, isso não me agrada muito. Se eu acordo sozinha, beleza, mas acordar com mensagem ou com ligação... Isso me deixar realmente estressada e com dor de cabeça. De qualquer forma, tá valendo. Não vou dizer que eu acordei realmente inspirada, mas digamos que para escrever sobre o que eu vou escrever, não preciso ter inspiração. Porque é algo que eu sinto, que está junto de mim e dentro de mim, mesmo sendo uma escrita "ficcional", é verdadeira. Deixando o bla bla bla pra lá. É muito piegas começar com "Era uma vez"?. Vou começar.
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Era uma vez uma menina. Ela se sentia cercada de amigos. Onde quer que fosse, ela conhecia pelo menos umas 10 pessoas. Pra ela, a maioria das pessoas que se encontravam junto dela eram amigas. Poderia ser considerada uma ilusão, mas pra ela, isso era verdade. Ela era uma pessoa popular. Praticava esportes na cidade, viajava muito. De fato ela queria ser o centro das atenções. Sua vida já estava toda planejada, e a única coisa que poderia atrapalhar os seus planos, na inocente cabeça, era a morte.
Mesmo acreditando que todos eram amigos, ela considerava amigo pra toda a vida, apenas aqueles amigos que ela fizera quando ainda era uma criança. Amizade verdadeira mesmo, só se a amizade tivesse durado além da fase da adolescência.
Mas aí ela começou a viver coisas diferentes. A querer coisas diferentes daquelas que os outros amigos queriam ou viviam. Ela queria de fato viver. Sair e conhecer o mundo, dar a cara a tapa. Dançar, beber, curtir. E assim ela o fez. Pode parecer até estranho pensar que alguém pode encontrar algo de realmente bom, e que seja para sempre em festas. Salvo os muitos raros casos de amores de carnaval que se transformam em casamento pra vida toda, sem que uma gravidez exija isso. Pois é, foi isso o que aconteceu. Não, ela não encontrou o amor da sua vida. Ela encontrou algo mais forte que isso, que ultrapassa qualquer barreira, qualquer distância, qualquer briga. Ela encontrou um amigo.
No inicio parecia ser apenas mais uma pessoa, mais um amigo como tantos outros, mas com o tempo ela percebeu que era bem mais do que isso. Uma amizade que antes era só de festas, começou a ser de troca de segredos, de horas e horas uma na casa da outra. De mentiras pras mães só pra poderem aproveitar tudo o que elas podiam.
Brigar? Elas brigaram. Discutir? Não, elas nunca discutiram. Se distanciar? Elas se distanciaram. E mesmo assim a amizade perdurou. Elas começaram a viver coisas diferentes, a não dividir mais as mesmas festas, os mesmos momentos, as mesmas fotos. Elas pouco ou quase nada se viam. Mas uma certeza cada uma delas tinha em seu coração: Uma poderia contar com a outra sempre que precisasse, mesmo que a distância as impedisse de estar perto uma da outra; mesmo que cada uma estivesse numa vibe diferente.
A menina percebeu que não é o tempo, na verdade, que constrói uma amizade. Porque amigos são reconhecidos. Mesmo sem perceber ela reconheceu essa pessoa. Dizem que os amigos são anjos que Deus nos envia para que possamos ter força para superar todas as nossas tribulações. E ela sentiu isso de verdade. Nos momentos mais difíceis de sua vida, sua amiga estava lá. Ela sabe que faltou com sua amiga, mas a sua amiga nunca cobrou ou exigiu isso, porque ela entendia. Elas se entendem. Elas de alguma forma se completam.
Essa menina sabe, que por mais que ela faça, por mais que ela tente, ela nunca conseguirá, de fato, fazer todo o necessário para agradecer a essa amiga por tudo o que ela já fez por ela. Sempre será pouco ou quase nada.
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