Equilibrio...
Nem tudo é alegria, como nos contos de Lobato;
nem é só pessimismo, tal afirmara Nietzsche.
Nem tudo é igual, como sonhara Luther King;
nem é só diferença, quanto supusera Hitler.
Nem tudo é fartura, como na utopia de Morus;
nem é só carência, tal previa Malthus.
Nem tudo é libido, como na ciência de Freud;
nem é tão político, quanto queria Brecht.
Nem tudo é esperança, como na coluna Prestes;
nem é só autoritarismo, tal ordenara Vargas.
Nem tudo é união, como na imaginação de Lennon;
nem é tão solitário, quanto o via Jean-Paul Sartre.
Nem tudo é amor, como nos sermões de Cristo;
nem é só ódio, tal no fogo de Herodes.
Nem tudo é simplicidade, como a arte de Fellini;
nem é tão complexo, quanto explicara Einstein.
Nem tudo é perseverança, como o amor de Tereza;
nem é só vingança, tal bradara Khomeini.
Nem tudo é beleza, como nas telas de Van Gogh;
nem é tão banal, quanto dizia o velho Sade.
Nem tudo é glorioso, como a história de Pelé;
nem é só fé, tal filosofava Baha-ula.
Nem tudo é felicidade, como nos filmes da Disney;
nem é tão mau, quanto pensara Kierkegaard.
Nem tudo é pacifismo, como na ação de Gandhi;
nem é tão bélico, tal hoje aspira Bush.
Nem tudo é primavera, como previra Nostradamus;
nem é tão fácil, quanto ainda pensa Lula.
É que entre o preto e o branco
há milhões de furta tons e há ainda
outra imensidão de cores;
e entre o desprezo e a veneração
há mil formas de paixão
e muito mais formas de amores.
André L. Soares
Comentários
Bjs
Muitíssimo obrigado por postar aqui o meu poema.
Grande abraço!